Seja Bem Vindo!

Eu não preciso de ti. Tu não precisas de mim. Mas, se tu me cativares, e se eu te cativar...Ambos precisaremos, um do outro. A gente só conhece bem as coisas que cativou, por isso tu te tornas eternamente responsável por aquilo que cativas!

(Antoine de Saint-Exupéry).


quarta-feira, 27 de fevereiro de 2008

Reflexão do dia

Aqui coloco um texto de um querido amigo, que deu um toque de poesia a um fato político muito importante.
Aproveitem!



Ela acordou com a mesma dor que já estava habituada a sentir, mas o medo, este sim era diferente naquela manhã, não era maior nem menor, era como um rolo compressor que esmagava qualquer outro sentimento que pudesse ter.
Sempre que pensava na chegada deste dia, não o figurava assim, tinha a nítida impressão de que explodiria de alegria e não sentiria mais nem medo, nem dor; porém eles estavam lá. Mas por que?
Por que simplesmente não abandonar tudo e fugir? Era verdade que não tinha mais as correntes algemadas aos seus calcanhares, então por que ainda insistir no peso psicológico das esferas de aço agrilhoando-lhe a mente?
Seria melhor que ele tivesse partido de uma vez por todas, caído nas garras de algum algoz, ou simplesmente morrido em paz. Mas não, ele estava ali, ao seu lado, entretanto não lhe dava mais atenção, não lhe repreendia mais quando se banhava no mar ou quando cantava novas canções, ele não a segurava mais com pulsos firmes, muito menos ladrava ao mundo seus discursos intermináveis de que ela o pertencia. Agora ele a abandonará de uma vez por todas, deixando-a livre para seguir seu caminho. Não se deu ao trabalho nem mesmo de abrir a porta, deixou que ela própria tomasse suas decisões.
Talvez por isso aquele medo diferente, talvez não, era por isso! Ela queria seus velhos medos de volta, medos que lhe davam segurança de que nada mudaria a falsa sensação de que mais nada nem ninguém poderia tornar as coisas piores do que ele próprio.
Buscara a liberdade e agora que a tem se pergunta: “Livre de quem? Livre por quem?”
Não, não, não, isso não podia ser uma quimera, mas era.
Sempre te quis libre! Sempre te quis Cuba!

(By: Cleber Miranda)

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