Poesia de inverno
Relampejava,
Os versos pegaram o caminho da áurea madrugada,
Fragmentaram-se,em palavras nuas, em fonemas sem graça
A noite ilustrada verbalizava
(ouviram-se náuseas)
Nos precipícios dos vocábulos jaziam as fábulas
O infinito traduzia letras em línguas distantes
(trovejavam analogias e metáforas)
Por um minuto, um breve ruído assomou adiante
Era a vida inquieta na loucura dos seus próprios diálogos
Monossílabos tônicos se precipitavam
Caía uma garoa lacônica que a tudo abraçava
E,a minha poesia , por pouco, em silêncio não se diluía...
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