Seja Bem Vindo!

Eu não preciso de ti. Tu não precisas de mim. Mas, se tu me cativares, e se eu te cativar...Ambos precisaremos, um do outro. A gente só conhece bem as coisas que cativou, por isso tu te tornas eternamente responsável por aquilo que cativas!

(Antoine de Saint-Exupéry).


terça-feira, 11 de outubro de 2011

15 anos sem Renato Russo...


Resgatei esta postagem que fiz há mais de um ano, para 
recordar e homenagear este querido de todos nós!


É preciso amar as pessoas como se não houvesse amanhã
Por que se você parar para pensar, na verdade não há
 ("Pais e filhos")


Renato Manfredini Júnior nasceu em 1960, no Rio de Janeiro, filho de uma família de classe média urbana. Em 1978, formou o grupo Aborto Elétrico, abandonado em 1982 para a criação da Legião Urbana. Nessa época, Renato Manfredini já era Renato Russo, nome artístico inspirado em Rousseau e Bertrand Russel.
O sucesso chegou rápido, levando o compositor à vida de "pop-star", mesmo que ele não soubesse aproveitar completamente as vantagens dessa fase. Letras de alto teor poético eram escritas por Renato. Em 1989, foi lançado As quatro estações, ponto alto de sua carreira, marcado pela espiritualidade e pelo desencanto.
Suas produções permaneceram na memória de uma geração, sendo exploradas, até hoje, pelas novas gerações. Em um trabalho de quase duas décadas, sobressaíram-se fases, ou melhor, estações, as quais estão interligadas ciclicamente pela constante reflexão acerca do mundo moderno, ora de forma agressiva, ora apaixonada, ora sombria. Trabalho que foi enriquecido pela intertextualidade constante, através da qual houve o resgate de elementos bíblicos ou mitológicos, além da influência de escritores e compositores clássicos e contemporâneos. Renato Russo constituiu uma verdadeira legião poética, uma legião de cores, imagens, palavras, sons. Uma legião que ainda ecoa em nossos ouvidos, transmitindo a garra juvenil, a liberdade e, principalmente, a busca por um futuro mais humano. (Revista Evidência – 2006)




Quero me encontrar mas já
não sei onde estou
Vem comigo procurar algum lugar mais calmo
Longe desta confusão
E desta gente que não se respeita
Tenho quase certeza de que eu não sou daqui
(Meninos e meninas)






Um dia pretendo tentar descobrir
Por que é mais forte quem sabe mentir
Não quero lembrar que eu minto também
(Eu sei)






Quem me dera, ao menos uma vez,
Provar que quem tem mais do
que precisa ter
Quase sempre se convence que
não tem o bastante
E fala demais por não ter nada a dizer
Quem me dera, ao menos uma vez,
Que o mais simples fosse visto como
o mais importante
Mas nos deram espelhos
E vimos um mundo doente
(Índios)






E há tempos nem os santos têm ao certo
A medida da maldade
Há tempos são os jovens que adoecem
Há tempos o encanto está ausente
E há ferrugem nos sorrisos
E só o acaso estende os braços
A quem procura abrigo e proteção
(Há tempos)




E mais uma vez
De você fiz o desenho mais perfeito que se fez:
Os traços copiei do que não aconteceu
As cores que escolhi, entre as tintas que inventei,
Misturei com a promessa que nós nunca fizemos
De um dia sermos três
Trabalhei com você em luz e sombra
(Acrilic On Canvas)


O mal do século é a solidão
Cada um de nós imerso em sua
Própria arrogância
Esperando por um pouco de afeição
(Esperando por mim)






Perfeição - dispensa qualquer comentário!

4 comentários:

Tatiane Garcia disse...

Amei !!! considero um talento e tanto...deixou um legado q dificilmente será superado...nada que se produz hj pelos novos "artistas" se compara a Renato, Cazuza...sabe que sou frustrada por não ter vivido na geração que curtia o shows deles??? seria mto bom ter ouvido ao vivo....

Mari disse...

Oi Tati,
É minha querida...os artistas da atualidade são poucos, tem mesmo é muita procaria musical por ai. Uma pena!
Que bom que você curtiu!
Um beijão Tati

Mari disse...

Obrigada por sua visita Blefe.
Irei visitar o site que você indica.
Abraço

Graça Pereira disse...

Maravilha por ter conhecido Renato! Poemas repletos de uma procura insistente do bem e de si próprio, música que enfeita plenamente a palavra...o que lhe falta? Nada!
Que ao menos, a juventude de agora, saiba aproveitar o seu testemunho.
Beijo
Graça

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