Este texto que minha irmã escreveu, é um inspiração.
Vale a pena cada minuto de leitura!
PRIMEIRO MILAGRE DE
JESUS
(João 2,1-11)
“1 Três dias depois houve
um casamento em Canaã da Galiléia. A mãe de Jesus estava presente.
2 Também Jesus e seus
discípulos tinham sido convidados para o casamento.
3 Como o vinho veio a
faltar, a mãe de Jesus lhe disse: "Eles não têm mais vinho".
4 Jesus respondeu-lhe:
"Mulher, por que dizes isto a mim? Minha hora ainda não chegou".
5 Sua mãe disse aos que
estavam servindo: "Fazei o que ele vos disser".
6 Estavam seis talhas de
pedra colocadas aí para a purificação que os judeus costumam fazer. Em cada uma
delas cabiam mais ou menos cem litros.
7 Jesus disse aos que
estavam servindo: "Enchei as talhas de água". Encheram-nas até
a boca.
8 Jesus disse: "Agora
tirai e levai ao mestre-sala". E eles levaram.
9 O mestre-sala
experimentou a água, que se tinha transformado em vinho. Ele não sabia de
onde vinha, mas os que estavam servindo sabiam, pois eram eles que tinham
tirado a água.
10 O mestre-sala chamou
então o noivo e lhe disse: "Todo mundo serve primeiro o vinho melhor e,
quando os convidados já estão embriagados, serve o vinho menos bom. Mas tu
guardaste o vinho bom até agora!"
11 Este foi o início dos
sinais de Jesus. Ele o realizou em Caná da Galiléia e manifestou a sua glória,
e seus discípulos creram nele.”
Análise à
luz da Psicoteologia
Todas as religiões
derivadas do Cristianismo reforçam os milagres de cura, multiplicação e a volta
de Lázaro da morte. É claro que são milagres que nos mostram o poder e a glória
do Mestre e também reforçam e revigoram a fé dos cristãos, porém nos afasta do
poder que o próprio Cristo revelou também estar em nós quando disse: “Faça como
eu vá até seus irmãos, estenda suas mãos e em nome do meu Pai curem.” Porém,
ainda somos muito pequenos diante desta afirmação, e por maior que seja a nossa
fé não nos sentimos capazes de realizar tais milagres, mesmo porque estamos em
evolução e ainda não nos demos conta do imenso poder que o Pai nos concedeu.
Desta forma, nos vemos muito pequenos em relação ao Primogênito e, inconscientemente,
não acreditamos neste poder que a fé nos proporciona e nos capacita. Assim
sendo, mesmo que saibamos que somos a imagem e semelhança do Pai não nos damos
conta que em nós habita uma força ilimitada que herdamos como filhos amados e,
desta forma, colocamos todas as esperanças nos milagres vindos do céu e nos
esquecemos que a nós cabe fazermos a nossa parte, pois disse Jesus: “Ajuda que
eu te ajudarei” e ainda, não nos damos conta que Ele deixou claro a nossa
importância, a nossa autonomia e a nossa intimidade com o Pai quando nos
revelou: “Peças e lhes será dado, bata e a porta se abrirá” e, mesmo assim,
continuamos nos sentindo incapazes e pequenos para modificar algo que nos
entristece.
Então pergunto: Como seria
se a nós fosse ensinado e reforçado, desde crianças a simplicidade, a beleza e a
profundidade do primeiro milagre de Jesus? Será que não nos tornaríamos
verdadeiramente herdeiros dos poderes do Pai? Será que não nos tornaríamos mais
responsáveis pelos nossos atos, pelas nossas mudanças e, principalmente, pela
nossa vida? Será que ficaríamos apenas esperando que Deus resolva todos os
nossos problemas ou buscaríamos ardentemente fazer a nossa parte?
Pensando nessas questões
encontrei as respostas na simplicidade e na beleza do primeiro milagre de Jesus
Cristo.
Porque Jesus transformou a
água em vinho? Qual o significado e a mensagem desse milagre?
A simbologia do vinho é a
alegria, a prosperidade e a fartura e, a simbologia da festa é a vida,
exatamente o que Jesus veio nos ensinar, a viver com alegria, prosperidade e
fartura.
Naquele tempo quando o
vinho acabava a festa também acabava e o senhor da festa era ridicularizado.
Também serviam o melhor vinho no início da festa e quando os convidados estavam
embriagados, guardavam o bom vinho e serviam o de menor qualidade, e com o
milagre de Jesus aconteceu exatamente o contrário, todos ficaram surpresos com
a qualidade do vinho servido durante toda festa e com a generosidade do senhor
da festa, sem falar que tudo isso ocorreu durante uma bodas, ou seja, durante a
união proveniente do amor.
Se a festa simboliza a
vida e o vinho simboliza a alegria, prosperidade e fartura entende-se que
podemos como Jesus, transformar tudo que por ventura surgir para aniquilar
nossa vida, entristecer nossos dias e empobrecer nossa existência. Podemos
transformar as dores e alívios, as tristezas em alegrias, os medos em coragem, a
raiva em perdão, a impotência em determinação, os obstáculos em desafios e a
escassez em fartura, pois somos os senhores de nossas vidas, somos os senhores
de nossos destinos e cabe a nós sermos generosos conosco e cuidarmos da nossa
“festa” com amor e gratidão à esse presente chamado vida, presente esse que
veio direto das Mãos do Pai, que confiou à nós o poder da transformação e da
felicidade, pois o próprio Jesus viria declarar mais tarde, como sendo
seu próprio sangue (Fonte de Vida) que seria a bebida para saciar a sede do
mundo. Ele ofereceu um vinho novo de primeira qualidade (Novidade de Vida). Ele
mandou que nos embriagássemos deste vinho, (Estar repleto de Deus através da
vida).
Talvez até hoje não
tenhamos percebido, mas Jesus quis mostrar que o mundo estava necessitando de
Sua graça “Seu sangue e Sua vida” e que somente Ele poderia fazer este milagre,
nos dando uma nova vida e alegria plena que havia se esgotado em nossas vidas,
principalmente estará se colocando à disposição de nossas necessidades no exato
momento em que elas surgirem, basta que o busquemos, pois Ele estará sempre
disponível a nos, mas é preciso que tenhamos a consciência da nossa
responsabilidade com essa festa chamada vida e competência divina para
transformar todas as dificuldades que se apresentarem a nós.
Se compararmos a
quantidade vinho (vida - mais de 600 litros ) que Jesus fez naquele dia, era
muito mais do que o suficiente para que todos ficassem fartos (não bêbados) e
ainda sobrasse muito vinho (vida).
Cabe aqui mencionar a
“Multiplicação dos pães e dos peixes”, que também foi farta, saciou mais de
10.000 pessoas e ainda sobraram cestos de pães e de peixes.
Deus quando nos abençoa,
Ele nos abençoa com abundância, será que temos consciência da dimensão de Sua
benção? Será que temos noção de que nada nos falta se lembrarmos quem é
realmente o nosso Pastor?
Será que estamos dispostos
a sermos senhores de nossa festa (vida)? Será que realmente queremos assumir
nosso dom de verdadeiros alquimistas na transformação do que nos aflige?
Acredito fortemente que no
exato momento em que aceitarmos os dons e os poderes que o Pai nos concedeu
estaremos fazendo “milagres” em nossas vidas e verdadeiramente dando testemunho
da fé que não se abala e, estaremos assim, a caminho da verdadeira evolução sem
dizer que neste momento, nos sentiremos verdadeiramente amados do Pai e, não
existe maneira mais direta de manifestar nossa gratidão a Ele se realmente
amarmos a nossa vida e a criatura que somos, pois se somos imagem e semelhança
de Deus, não há como amá-Lo se não amarmos a nós mesmos!
Marcia Regina da Silva
Psicóloga formada em
Psicoteologia e Psicologia Holística Pela UNIPAZ de Brasília.
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