Seja Bem Vindo!

Eu não preciso de ti. Tu não precisas de mim. Mas, se tu me cativares, e se eu te cativar...Ambos precisaremos, um do outro. A gente só conhece bem as coisas que cativou, por isso tu te tornas eternamente responsável por aquilo que cativas!

(Antoine de Saint-Exupéry).


quinta-feira, 8 de outubro de 2009

A minha tristeza

Por que será que as pessoas quando nos vêm chateadas ou tristes, não entendem o sentimento?
Tem sempre aquele que chega, apesar da boa intenção, com o velho discurso...”poxa, mas você tem uma vida boa, tem saúde, família, filhos...tem tudo pra ser feliz, não deveria se sentir assim...” E por aí vai.
No meu caso, sei bem de tudo isso, principalmente das bênçãos que recebo diariamente e pelas quais sou imensamente grata. Eu sei muito bem quão afortunada eu sou!
Mas, ainda assim, me sinto triste!
E o que eu posso fazer então se não consigo e não aprendi a disfarçar o que vai na alma?
É muito complicado isto...
Fatalmente vem a cobrança deste meu estado de espírito...e eu ando sem energia para ficar repetindo e explicando que como todo mundo, eu também fico triste às vezes.
As pessoas me cobram muito a alegria, sei que isto acontece porque geralmente eu sou super positiva, animada, pra cima...vendo sempre o lado bom até nas coisas ruins...enfim, as pessoas que convivem comigo se acostumaram com a minha quase constante alegria de viver.
É preciso que entendam que a alegria de viver ainda está aqui, mas isto não me impede de ultimamente me sentir assim, triste, às vezes muito triste.
Deve ser alguma coisa que a minha alma sente falta, pois que de material nada me falta, graças a Deus.
Mas tem sido bastante complicado pra mim conviver com esta tristeza... eu não estou acostumada a ela!
A conviver com este vazio, com esta dor, com esta lágrima em meu espírito sempre pronta para cair.
É uma pena que não existam medicamentos para alma, tipo uma aspirina que cure aquela dor de existir, ou aquela febre de saudade, ou ainda que nos abra o apetite para a alegria e desinflame a tristeza... Já imaginou uma atadura para coração partido ou para a alma despedaçada?
Um anti-inflamatório para as inflações do espírito, um remedinho que acabasse de vez com o medo e a angústia...
Bem, enquanto esta farmácia imaginária não existe, vou levando meus dias respeitando cada sentimento sentido...e estes dias preciso respeitar a minha tristeza...
Eu sei...uma hora, isto também passa!


By: Mari

3 comentários:

intervalo disse...

Mari,Bom dia de sol e alegria.Lindo texto e verdadeiro.Identifiquei-me com suas palavras.

E o que eu posso fazer então se não consigo e não aprendi a disfarçar o que vai na alma?
É muito complicado isto...
Fatalmente vem a cobrança deste meu estado de espírito...e eu ando sem energia para ficar repetindo e explicando que como todo mundo, eu também fico triste às vezes.
As pessoas me cobram muito a alegria, sei que isto acontece porque geralmente eu sou super positiva, animada, pra cima...vendo sempre o lado bom até nas coisas ruins...enfim, as pessoas que convivem comigo se acostumaram com a minha quase constante alegria de viver.
É preciso que entendam que a alegria de viver ainda está aqui, mas isto não me impede de ultimamente me sentir assim, triste, às vezes muito triste.
Deve ser alguma coisa que a minha alma sente falta, pois que de material nada me falta, graças a Deus.
Mas tem sido bastante complicado pra mim conviver com esta tristeza... eu não estou acostumada a ela!

beijoss com carinho.Lia...

Mari disse...

Pois é Lia...as palavras encontram eco! Mas o bom é que a gente sabe que isso passa!
Beijos querida

Rodrigo Wentzcovitch disse...

Como vivemos em uma Sociedade Hedosnista e Utilitarista, em que o prazer é maximado ao extremo, mesmo com o sofrimento de poucos. As pessoas querem distância de lembrarem de que o sofrimento ocasionado pela tristeza existe... A tristeza faz com que se recorde de que somos frágeis, de que somos pereciveis, de que morremos desde o momento em que nascemos... As pessoas evitam o confronto com a Sombra, com o receio do que pode emergir, de aspectos indesejados de si mesmo... portanto somos habituados a evitar o sofrimento, até mesmo por natureza... há quem goste de sofrimento... mas ainda sim um sofrimento sobre controle... inconcientemente temos medo da tristeza, como se fosse algo contagioso, ao nos relacionarmos com os outros... portanto a evitamos... Bem seja você mesma... humanos que somos pssamos pela experiência da dor, e esta nos mostra outros caminhos e possbilidades, quem sem a sua presença não veriamos... e que muitos tentam tapeá-la como podem, negando-a, remédios e outros... seja uma observadora de si mesma... e aprenda com que a situação pode lhe mostrar... é melhor sentir... a não sentir...

Namastê !

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