Um pouco de Adélia Prado
para dar um gostinho de loucura a esta tarde,
especialmente nublada aqui em Sampa!
A Serenata
Uma noite de lua pálida e gerânios
ele virá com a boca e mão incríveis
tocar flauta no jardim.
Estou no começo do meu desespero
e só vejo dois caminhos:
ou viro doida ou santa.
Eu que rejeito e exprobo
o que não for natural como sangue e veias
descubro que estou chorando todo dia,
os cabelos entristecidos,
a pele assaltada de indecisão.
Quando ele vier, porque é certo que vem,
de que modo vou chegar ao balcão sem juventude?
A lua, os gerânios e ele serão os mesmos-
só a mulher entre as coisas envelhece.
De que modo vou abrir a janela,se não for doida?
Como a fecharei, se não for santa?
Adélia Prado
8 comentários:
Que espaço bonito vc criou Mari!
Quanta poesisa e sentimento junto! parabéns!!!
Oi Tatiane, seja bem vinda!
Bom saber que você gostou daqui, volte tanto e quanto desejar!
Um abraço
Mari
Oi Mari! amoooooo Adelia, poesia do cotidano .
beijos
Amei o seu cantinho Mari! Lindo, lindo lindo!
Seu nome é Mariana?
Perguntei porque ess é o nome da minha sobrinha e ela é radiante como o sol, alegre e meiga e voce parece ser assim também!
Adoro poesias!
Obrigado pela visita lá no meu mundinho! Sejá muito bem vinda!
Beijos!
"A lua, os gerânios e ele serão os mesmos-
só a mulher entre as coisas envelhece."
Envelhecimento que se acentua quando a mulher desencantada, se deixa oxidar, ganhar peso, perder seus melhores atributos tais como: charme, delicadeza, feminilidade. Passa a criar gatos. Um desastre!
Yasmine,
Adélia tem sempre uma coisa que bate fundo na gente... Também gosto muito!
Obrigada pelo carinho!
Beijos
Vanessa querida,
Meu nome é Maristela!
Obrigada peoo carinho e que bom que você tenha sentido tanta coisa boa sobre mim!
Quele seu mundinho é bem legal viu!
Beijos
Mari
Sergio meu amigo essencial,
É preciso saber envelhecer sem perder a alegria e a criança que vive em cada um de nós!
Beijos meu querido!
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