Seja Bem Vindo!
Eu não preciso de ti. Tu não precisas de mim. Mas, se tu me cativares, e se eu te cativar...Ambos precisaremos, um do outro. A gente só conhece bem as coisas que cativou, por isso tu te tornas eternamente responsável por aquilo que cativas!
(Antoine de Saint-Exupéry).
(Antoine de Saint-Exupéry).
segunda-feira, 26 de julho de 2010
Fazendo de conta...
[...]faz de conta que vivia e não que estivesse morrendo pois viver afinal não passava de se aproximar cada vez mais da morte...
faz de conta que tinha um cesto de pérolas só para olhar a cor da lua pois ela era lunar...
faz de conta que ela fechasse os olhos e seres amados surgissem quando abrisse os olhos...
faz de conta que amava e era amada, faz de conta que não precisava morrer de saudade...
faz de conta que ela era sábia bastante para desfazer os nós de corda de marinheiro que lhe atavam os pulsos...
faz de conta que ela fechasse os olhos e seres amados surgissem quando abrisse os olhos úmidos de gratidão...
faz de conta que tudo o que tinha não era faz de conta...
faz de conta que ela não estava chorando por dentro — pois agora mansamente, embora de olhos secos, o coração estava molhado; ela saíra agora da voracidade de viver[...]
(Clarice Lispector, em Uma Aprendizagem ou O Livro dos Prazeres)
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7 comentários:
Linedo texto ,Mari!Hoje não pude ir à praia(meu netinho apareceu com uma virose) assim, deu pra responder aos amigos!beijos e logo estarei de volta!chica
Nooooosa, amiga. Essa me emocionou. Clarice Linspector sempre impressiona com a sua forma de lidar com as palavras. Maravilhosa forma de escrever, que torna quase suave, o que de fato é pesado ao coração. Beijos e ótima semana.
Chiu, faz de conta que estás a dormir, que eu entro devagarinho e saio de mansinho.
Beijinho.
Oi Chica,
Espero que o netinho esteja melhor e que curta bastante as férias viu?
Um beijão
Ah maria José...
Tudo que esta dona Clarice escreve emociona...mexe fundo mesmo com a gente!
Beijos
Ei Manuel...
Não tenho o sono leve não rsrs
Beijos
Nisto do "faz de conta":
- Faço contas à vida, assim como faço à morte;
- Faço contas à sorte e ao azar de não a ter;
- Faço contas aos amores e lamento os desamores;
- Faço contas aos meu arrependimentos;
- Do que vivi sem saber viver;
- Do que não vivi por não saber escolher.
***
Continuo a "fazer de conta que ainda vivo.
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