Seja Bem Vindo!

Eu não preciso de ti. Tu não precisas de mim. Mas, se tu me cativares, e se eu te cativar...Ambos precisaremos, um do outro. A gente só conhece bem as coisas que cativou, por isso tu te tornas eternamente responsável por aquilo que cativas!

(Antoine de Saint-Exupéry).


terça-feira, 11 de junho de 2013

Um pequeno conto...



Era estranho o que ela sentia...e também o que não sentia.
Não sabia mais o que fazer com o que tinha dentro de si.
Trazia um misto de saudade e tristeza em seus olhos, porém, só os mais atentos perceberiam, para todos os outros este detalhe passaria completamente desapercebido...
Talvez o fato de ela mesma não saber bem o que fazer com o que sentia, contribuía para a falsa impressão que tinham dela...
Mas isto não a incomodava...porque o que os outros pensavam era problema só deles.
Ela olhava para dentro como quem procura uma saída...uma luz, alguma resposta, ou até algum consolo, mas tudo o que via era confuso tal qual um labirinto, onde ela estava perdida já há algum tempo.
Não encontrava mais nenhum prazer em andar por ai, solta, sem compromisso.Nem mesmo lembrava como era fazer isto.
Sentia-se tão bem li, sozinha em seu lugar...
Sentia-se protegida do mundo, sabia que ali não ia sofrer, ali não poderia ser mexida, tocada...ou até atingida por algum sentimento mais perturbador.
Ali estava segura...e isto lhe trazia uma certa paz de espírito, um pouco de tranqüilidade...dissipava o medo, afastava a dor.
Quantas vezes se pegava sorrindo e falando sozinha!? Ah! Já perdera as contas, foram muitas e muitas vezes...
Ela só se sentia incomodada porque no fundo, não tinha a menor idéia do que fazer com o que estava sentido. Não sabia se era bom ficar assim ou se seria melhor abrir as janelas e passear pela rua outra vez.
E se perguntava: “O que fazer com o que sinto?” Esta perguntava se repetia incessantemente em sua alma, mas não conseguia nenhuma resposta que lhe aquietasse o coração.
Mas ela sabia que não poderia viver assim por muito mais tempo...senão sua alma perderia o viço e perderia o endereço de si mesma...estando para sempre perdida neste sentimento, que ela não sabia como lidar ou o que fazer.
E já que não sabia o que fazer, concluiu que não tinha que fazer nada. Finalmente entendeu que aquele sentimento continuaria ali, dentro dela enquanto ela vivesse, afinal era um sentimento que não pertencia somente a ela e desta forma...ela não poderia fazer nada sozinha...
Entendeu que existem coisas, pessoas e sentimentos que por não serem só nossos, ficam assim...para sempre por dentro da gente, por isso...não se sabe o que fazer com eles.
Ela sabe que dificilmente vai saber o que fazer com o que anda sentindo ultimamente...
Aprendeu que só pode senti-lo, mas jamais sabê-lo!

Mari

Um comentário:

Thyeli li disse...

Oie mari , me gostei muito do que vc escreveu.... pareçe. q foi para mim..
parabéns .. bjs

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