Minha verdade espantada é que eu sempre estive só de ti e não sabia.
Agora sei: sou só. Eu e minha liberdade que não sei usar.
Grande responsabilidade da solidão.
Quem não é perdido não conhece a liberdade e não a ama.
Quanto a mim, assumo a minha solidão.
Que ás vezes se extasia como diante de fogos de artifício.
Sou só e tenho que viver uma certa glória íntima que na solidão pode se tornar dor.
E a dor, silêncio.
Guardo o seu nome em segredo.
Preciso de segredos para viver.
(Clarice Lispector)
Um comentário:
Oi Mari,
Para Clarice eu só tenho adjetivos, tirando o chapéu, soberba, pode ser o de hoje..rs. Ela é maravilhosa!!
Beijo meu
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