Lindo este texto da Lya Luft.
Expressa em minha opinião, a maturidade
de uma forma doce e bem real!
Não tenho mais os olhos de menina
nem corpo adolescente, e a peletranslúcida há muito se manchou.Há rugas onde havia sedas, sou uma estruturaagrandada pelos anos e o peso dos fardosbons ou ruins.(Carreguei muitos com gosto e alguns com rebeldia.)
O que te posso dar é mais que tudo o que perdi: dou-te os meus ganhos.A maturidade que consegue rirquando em outros tempos choraria,busca te agradarquando antigamente quereriaapenas ser amada.Posso dar-te muito mais do que belezae juventude agora: esses dourados anosme ensinaram a amar melhor, com mais paciênciae não menos ardor, a entender-tese precisas, a aguardar-te quando vais,a dar-te regaço de amante e colo de amiga,e sobretudo força — que vem do aprendizado.Isso posso te dar: um mar antigo e confiávelcujas marés — mesmo se fogem — retornam,cujas correntes ocultas não levam destroçosmas o sonho interminável das sereias.
A maturidade me permite olhar com menos ilusões, aceitar com menos sofrimento, entender com mais tranqüilidade e querer com mais doçura.
(Lya Luft)
2 comentários:
Ah, Mari, a maturidade só lhe faz bem! No visual e no intelecto!
Lindo teu texto e fechou com chave de ouro com essa frase que é uma de minhas prediletas.
Estou voltando a blogar depois de meses afastada. Postei lá no CRÔNICAS um texto que eu gostaria muito da sua opinião. Se puder dá uma passadinha por lá.
Bjo enorme! A gente se fala no Face rsrs
Nossa, que lindo! Parabéns!
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