Seja Bem Vindo!

Eu não preciso de ti. Tu não precisas de mim. Mas, se tu me cativares, e se eu te cativar...Ambos precisaremos, um do outro. A gente só conhece bem as coisas que cativou, por isso tu te tornas eternamente responsável por aquilo que cativas!

(Antoine de Saint-Exupéry).


domingo, 14 de março de 2010

Homenagem Clarice Lispector





"Se não for pra me fazer voar bem alto, por favor, nem me faça tirar os pés do chão!"











"Foi uma sensação súbita, mas suavíssima.
A luminosidade sorria no ar: exatamente isto.
Era um suspiro do mundo."









"Ás vezes no amor ilícito está toda a pureza do corpo e alma, não abençoado por um padre, mas abençoado pelo próprio amor"








A um certo modo de olhar, a um certo jeito de dar as mãos nós nos reconhecemos e a isto chamamos de amor"













"Você pode até me empurrar de um penhasco que eu vou dizer:
E daí? Eu adoro voar!"












E como a uma borboleta,
Ana prendeu o instante entre os dedos antes que ele nunca mais fosse seu. 








Você é das [pessoas] que precisam de garantia. Quer saber como eu sou para me aceitar? Vou me fazer conhecer melhor por você. [...] Olhe, tenho uma alma muito prolixa e uso poucas palavras. Sou irritável e firo facilmente. Também sou muito calma e perdôo logo. Não esqueço nunca, mas há poucas coisas de que eu me lembre. Sou paciente, mas profundamente colérica, como a maioria dos pacientes. As pessoas nunca me irritam mesmo, certamente porque eu as perdôo de antemão. Gosto muito das pessoas por egoísmo: é que elas se parecem no fundo comigo. Nunca esqueço uma ofensa, o que é uma verdade. Mas como pode ser verdade, se as ofensas saem de minha cabeça como se nunca nela tivessem entrado? Tenho uma paz profunda, somente porque ela é profunda e não pode ser sequer atingida por mim mesma. Se fosse alcançável por mim, eu não teria um minuto de paz. Quanto a minha paz superficial, ela é uma alusão à verdadeira paz. Outra coisa que esqueci é que há outra alusão em mim: a do mundo grande e aberto. [...] Bom, apesar de meu ar duro, que aliás vem também do fato de meu nariz ser tão reto, apesar de meu ar duro, sou cheia de muito amor e é isso que certamente me dá uma grandeza, essa grandeza que você percebe e de que tem medo. [...] Meu amor pelo mundo é assim: eu perdôo as pessoas terem um nariz mal feito ou terem lábios finos demais e serem feias – todo erro dos outros e nos outros é uma oportunidade para mim amar.

Para mim, uma das maiores escritoras de todos os tempos. Uma mulher que sabia como ninguém tocar as pessoas, nos fazendo pensar e repensar o impensável!
Quem já não se sentiu tocado lendo Clarice?
Só se estiver mais morto do que vivo...

Mari

2 comentários:

Lata de Luxo disse...

Ola,Mari.
Que sensibilidade,querida.Seu Blog e um sonho.
Obrigada por participar do meuBlog,adorei.
Bjs.zenaide storino.

Mari disse...

Oi Zenaide, seja muito bem vinda!
Bom domingo! Beijos

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